Giovana Hanemann

Quando o Gênio Difícil Pode Ser Algo Mais: Entenda os Transtornos de Personalidade e Como Tratá-los

Conviver com pessoas de “gênio difícil” pode ser desafiador, e é natural que diferenças levem a conflitos, pois a vida cotidiana é cheia de altos e baixos. No entanto, quando os conflitos são intensos, persistentes e afetam negativamente os relacionamentos — resultando em brigas frequentes, rompimentos e sofrimento mútuo —, pode não se tratar apenas de um temperamento difícil, mas de um transtorno de personalidade.

Transtornos como o Transtorno Borderline e o Narcisista são caracterizados por padrões disfuncionais de comportamento e percepção, que frequentemente causam ansiedade, depressão e problemas nos relacionamentos pessoais ou profissionais. Esses transtornos seguem um padrão rígido e persistente na forma como a pessoa percebe o mundo, reage e se relaciona com os outros.

Na literatura, os transtornos de personalidade são agrupados em três categorias principais, totalizando dez tipos diferentes. A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), especialmente quando associada à Terapia do Esquema, é amplamente recomendada para o tratamento, pois ajuda a identificar e modificar padrões de pensamento e comportamento disfuncionais, além de trabalhar as necessidades emocionais e estratégias de enfrentamento.

Se você percebe dificuldade em mudar aspectos de sua personalidade que causam sofrimento ou prejudicam seus relacionamentos, considerar uma avaliação com um profissional qualificado pode ser um passo transformador. O tratamento adequado pode melhorar significativamente sua qualidade de vida e a convivência com as pessoas ao seu redor.

É fundamental não banalizar os transtornos de personalidade, pois eles envolvem um sofrimento real e profundo. Muitas vezes, essas dificuldades estão enraizadas em histórias de vida marcadas por traumas, carências emocionais e experiências dolorosas. Reconhecer esse contexto é essencial para acolher essas pessoas com empatia, mas também para incentivá-las a buscar tratamento adequado.

O processo terapêutico exige comprometimento e uma atitude aberta à mudança, mas os resultados podem ser transformadores. Com a ajuda de um profissional qualificado, é possível reescrever padrões, superar limitações e construir uma vida mais equilibrada e satisfatória, tanto para quem enfrenta o transtorno quanto para aqueles que convivem com a pessoa. A mudança começa com o primeiro passo: procurar ajuda.

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